quarta-feira, 28 de outubro de 2015

☩ O PLANO DE DERRUBADA ☩

No texto passado percebemos que o desastre contra os Templários estava em marcha, e se tornava eminente. Agora, entenderemos o plano de derrubada, acompanhe-nos!

O rei Felipe da França desenvolveu um plano de derrubada contra os Cavaleiros Templários, assim, livrar-se-ia de suas imensas dividas e adquiriria os tesouros da Ordem para si.

Como parte desse plano, um antigo Cavaleiro Templário, que subira até o posto de prior de uma preceptoria templária na França antes de ser expulso da Ordem, fora recrutado para uma engenhosa representação.

Foi posto na prisão em Toulouse com um homem sentenciado a morte. Para manter a provisão eclesiástica de que membros do catolicismo laico deveriam confessar um outro na ausência de um sacerdote, os dois prisioneiros ouviram a confissão um do outro. 

O antigo Templário confessou práticas blasfemas e repugnantes que ele supostamente havia testemunhado dentro da Ordem Templária. A chocante confissão foi usada para preparar a lista de itens pelos quais os prisioneiros Templários foram subsequentemente “interrogados” pelos torturadores da Inquisição.

Novos membros, disse ele, como parte do ritual de iniciação, tinham que cuspir ou pisar na cruz. Os Templários eram obrigados a colocar sua Ordem e sua riqueza acima de qualquer outro principio, temporal ou religioso. 

Qualquer membro suspeito de revelar os segredos da Ordem era secretamente assassinado. Os Templários zombavam dos sacramentos da igreja e absolviam os pecados uns dos outros. Mantinham contatos secretos com os muçulmanos. Permitiam e encorajavam a atividade homossexual entre membros. 

Haviam perdido a Terra Santa da cristandade por causa de sua ganância insaciável. Eles adoravam ídolos, usavam na forma de uma cabeça de bode (Baphomet) ou de um ser humano (João Batista). Praticavam também alquimia, magia negra, Kabalah e esoterismo hermético.

O outro prisioneiro (que era também um embuste) pediu a seus carcereiros que lhe permitissem passar adiante essa informação vital. Ela foi devidamente entregue ao rei, que a repassou ao Papa com a sugestão de que se implementasse um inquérito formal. Ambos os prisioneiros foram recompensados e dispensados.

Nogaret tinha muito que fazer. A logística de obter correntes para 15 mil homens e arranjar lugar para seu aprisionamento já seria bastante difícil em publico, mas o problema era multiplicado pela necessidade de total segredo.

Esse segredo era importante porque o plano de derrubada era prender cada Templário na França exatamente ao mesmo tempo. Assim, Felipe esperava que, com a supressão da Ordem do Templo, todas as dívidas do Estado com os Templários seriam canceladas. 

Sem dúvida, a prisão simultânea de cada Templário exigiria uma operação cuidadosa, complexa, porque o grupo a ser preso compreendia muitos homens com experiência em luta. Decidiu-se manobrar enquanto eles estivessem dormindo. Ordens seladas foram enviadas aos senescais da França, com instruções para não as abrir até 12 de outubro de 1307.





NO PRÓXIMO TEXTO
☩O PLANO DE DERRUBADA CONTINUA ☩


☩ O DESASTRE EMINENTE ☩

No último texto percebemos que era necessária uma nova Cruzada, e que o rei Felipe, via a proposta de uma fusão (Templários e Hospitalários) com bons olhos. 

Agora, estudaremos o desenrolar dessa história. Acompanhem-nos!

Certamente, Jacques de Molay não tinha idéia do DESASTRE EMINENTE que viria pelas mãos do rei, que, com um método digno da máfia, festejou e agradou ao homem que ele planejava destruir.

Esse plano fora armado por Guilherme de Nogaret, o mesmo homem que planejara o rapto do papa Bonifácio VIII. A mãe e o pai de Nogaret haviam sidos atirados a fogueira como heréticos albigenses e ele não perdia a oportunidade de se vingar da Igreja romana.

Na preparação para seu ataque aos Templários, Nogaret colocara 12 de seus homens como espiões em vários postos da Ordem.

Porém, inconsciente dos complôs contra ele, Jacques de Molay foi ao palácio papal e submeteu aos planejadores papais as sugestões Templárias para a condução de uma nova Cruzada.

De Molay recomendou que os planos definitivos para a invasão da Palestina permanecessem em total segredo e não fossem nem mesmo escritos. Pessoalmente, ele indicava que suas sugestões secretas eram tão adequadas a uma guerra bem-sucedida que apenas as revelaria para o Papa em pessoa.

Quando surgiu o esperado assunto de uma fusão entre Templários e Hospitalários, Jacques de Molay estava pronto. Apresentou um documento formal intitulado de Unione Templi ET Hospitalis, um trabalho que ele podia discutir apenas em termos gerais., porque ele próprio era completamente analfabeto.

De Molay usou também esse encontro para tratar dos rumores que ele ouvia desde seu retorno a Paris, de que havia sérias impropriedades dentro da Ordem do Templo. Ele sugeria um inquérito papal formal fosse implementado, o que, certamente, derrubaria criticas contra sua fraternidade sagrada.

Por todo o tempo em que o Grão-Mestre afirmava sua confiança em si próprio e na Ordem Templária, o plano para derrubá-lo estava em marcha, e se tornava eminente!






NO PRÓXIMO TEXTO
☩ O PLANO DE DERRUBADA ☩



☩ O DESTINO FINAL DA ORDEM DO TEMPLO ☩

No texto passado vimos como o Papa Clemente V subiu ao Poder, agora, estudaremos o breve Destino final da Ordem dos Cavaleiros Templários. Acompanhem-nos!

Pois bem, em estudos anteriores, percebemos que era necessária uma nova Cruzada e, como parte do planejamento, o Papa indicara que queria discutir a proposta de os Templários e os Hospitalários se unirem em uma só Ordem, ideia que surgira cada vez mais freqüentemente nos últimos anos.

Apenas dois anos antes, um frade dominicano, Ramon Lull, escrevera um plano de fusão que despertara muito interesse. 

Ele propunha que os Cavaleiros Hospitalários e os Cavaleiros Templários se combinassem em uma única Ordem que se chamaria os Cavaleiros de Jerusalém, e que todos os governantes da Europa combinassem suas forças cruzadas sob um único comandante conhecido como Rex Bellator, o “Rei da Guerra”.

O Papa Clemente V respondera favoravelmente ao conceito de fusão. Os Hospitalários trouxeram nova esperança para uma cruzada e novo respeito para ele próprios com sua recente invasão da Ilha de Rodes e o Papa se inclinava para a nomeação de Foulques de Villaret, Grão-Mestre dos Hospitalários, para Grão-Mestre da proposta combinada.

O rei Felipe, via essas propostas de fusão com bons olhos, mas de um ponto de vista totalmente diferente. Ele propôs que o Papa e os reis da França fossem nomeados Grão-Mestres hereditários das Ordens combinadas, e que ele próprio fosse nomeado como “Rex Bellator”, com pleno a riqueza abundante das Ordens unidas.

A única pessoa que parecia disposta a favorecer esse plano era o próprio Felipe, de forma que, como alternativa, ele desenvolveu um plano para derrubar a Ordem Templária. Suas propriedades mais valiosas e seu maior tesouro estavam na França e ele pretendia expropriar todos para si. 

Adicionalmente, livrar-se-ia também de suas imensas dividas com os Templários, o que para ele era importante, uma vez que sua Cruzada pessoal para adquirir as posses continentais dos reis ingleses havia secado seu tesouro.

Assim, desta forma, seria o Destino final da Ordem do Templo.




NO PRÓXIMO TEXTO
☩ O DESASTRE EMINENTE ☩


☩ OS PROJETOS DE JACQUES DE MOLAY ☩

No último texto descobrimos os primeiros feitos de Jacques De Molay como o Ultimo Grão-Mestre. Agora, estudaremos suas metas e seus projetos em prol de sua Ordem. Fiquem conosco!

Você que nos acompanha a cada domingo sabe muito bem que as coisas já não estão indo de “vento em poupa” para os Templários como nos tempos de outrora. Sabe também que, eles acabaram de perder Castelos e Postos por causa de guerras.

De Molay então apresentou projetos para uma nova Cruzada de reconquista da Terra Santa, mas suas alegações vieram numa época inoportuna. 

O papa Bonifácio VIII deleitava-se no sucesso do ano de seu jubileu em 1299, uma celebração de virada de século na qual parecia que todo o mundo queria vir a Roma para se inclinar diante do supremo pontífice como o novo César e buscar suas boas graças com presentes em prata e ouro.

O atraso foi frustrante para De Molay que, com sua formação de planejamento e liderança militares, sentia saber como a nova cruzada deveria ser montada, mas, gradativamente, ficou obvio que não haveria nova cruzada enquanto Bonifácio VIII estivesse no trono de Pedro. 

Então, em 1305, Bernardo de Goth, arcebispo de Bordeaux, ascendeu ao trono como Papa Clemente V. As Ordens de monges guerreiros esperavam para ver qual seria a atitude do novo papa em relação à reconquista da Terra Santa. Não tiveram de esperar muito.

Enquanto esperavam as ordens do novo Papa para a reconquista da Terra Santa, os Templários planejavam e projetavam expedições para outras terras distantes do continente, bem como, esquadrinhavam seus escritos e papiros esotéricos descobertos na área do Templo de Salomão. 

Mais tarde, os Cavaleiros Templários trouxeram para o Ocidente um conjunto de símbolos e cerimônias pertencentes à tradição maçônica, e possuíam certo conhecimento que agora é transmitido somente nos Altos Graus filosóficos e capitulares da Maçonaria. 

Desse modo, a Ordem era também um dos depositários da sabedoria oculta na Europa durante os séculos XII e XIII, embora os segredos completos fossem dados somente a alguns membros; portanto, suas cerimônias de admissão eram executadas pelo Grão-Mestre, ou Mestre que esse designasse, pois eram estritamente religiosas e em absoluto segredo, como já mencionamos. 

Por causa desse segredo, a Ordem sofreu as mais terríveis acusações (que estudaremos nas próximas semanas). O mistério com o qual os Templários cercavam suas reuniões enchia de terror a imaginação dos contemporâneos daquela época, e não foge muito de nossa época também.

Em geral, tudo o que os homens não podiam ver ou compreender, adquiria aos seus olhos, as mais sinistras tonalidades.




NO PRÓXIMO TEXTO
☩ PAPA CLEMENTE V E JACQUES DE MOLAY ☩


terça-feira, 27 de outubro de 2015

☩ AS PRIMEIRAS AÇÕES DE JACQUES DE MOLAY COMO GRÃO-MESTRE ☩


No texto passado descobrimos quem foi o Escolhido dentre aqueles nobres Cavaleiros para ser o Ultimo Grão-Mestre. 

Agora, estudaremos os seus feitos. Fiquem conosco!

Como militar, uma das primeiras ações de Jacques de Molay foi tentar restaurar a moral, reforçando a estrita disciplina e retornando ao comportamento mais ortodoxo da Ordem.

A posse de quaisquer livros e outros escritos foi proibida aos soldados, sem exceção.

Como um soldado monge analfabeto, DeMolay não via nenhum proposito em que os Templários soubessem ler: tudo o que precisassem saber lhes seria dito e não havia por que saber mais do que o necessário.

Ordenou um aumento geral na disciplina por toda a Ordem, exigindo o reforço rígido da Regra Templária (conforme já estudamos) no que dizia respeito a dieta, traje, posses pessoais e devoção religiosa.

Era impossível para DeMolay expor-lhes as doutrinas dos chefes da Ordem. Esta teria sido a iniciar a multidão nos segredos dos Mestres, e de ter erguido o véu de Isis. Portanto sempre existia duas doutrinas, uma esotérica e outra exotérica. Uma oculta, secreta e outra exposta e aberta.

Mas, um problema continuo para DeMolay foi a declaração do rei Henrique de Chipre de que teria direito real de comandar todas as forças militares de seu reino, incluindo os Templários.

Essa ideia foi totalmente rejeitada por Jacques de Molay, que não reconhecia autoridade maior do que a sua na face da terra, com a simples exceção do próprio papa.









NO PRÓXIMO TEXTO
☩ OS PROJETOS DE JACQUES DE MOLAY ☩




domingo, 20 de setembro de 2015

☩ O ESCOLHIDO ☩

A cada semana estamos nos aprofundando na Ordem dos Cavaleiros Templários. Hoje, estudaremos um pouquinho mais desse Herói-Mártir cujo nome tomamos em nossos lábios. Acompanhem-nos!

Anos mais tarde depois de inúmeras batalhas, em 1291, os Templários tinham um Castelo a algumas milhas ao sul de Haifa, em Athlit, mas com uma pequena guarnição, que não estava em posição de deter o exercito egípcio.

Quando os Templários zarparam de seu Castelo em Athlit, os mamelucos controlavam cada centímetro quadrado da Terra Santa. A derrota foi total. 

Os Cavaleiros Templários estavam sem uma base na Terra Santa pela primeira vez desde o dia de sua fundação, 170 anos antes.

Estabeleceu-se então na ilha de Chipre a nova base dos Templários, com a relutante permissão do rei Henrique. Sem outro lugar para ir, os Hospitalários também transferiram sua base para a mesma ilha.

Durante o ano seguinte, Tibald Gaudin morreu e os Templários começaram a escolher um novo Grão-Mestre, sem desconfiar de que ele seria o ultimo a ter essa honra. 

O escolhido foi JACQUES DE MOLAY.

Um cavaleiro da pequena nobreza do leste da França e disciplinador comprovado. Passara toda sua vida adulta na Ordem Templária desde a iniciação em 1265, aos 21 anos. 

Com 48 anos, era Grão-Mestre e já havia servido como Mestre do Templo na Inglaterra e, mais recentemente, como Grande Marechal, o supremo líder militar da Ordem.

Embora as fortunas dos Templários na Terra Santa houvessem sido desmoronadas, Jacques de Molay ainda controlava a riqueza de milhares de propriedades agrícolas na Europa, além de moinhos, mercados e monopólios comerciais.

Controlava também uma frota de navios de guerra e continuava com as operações bancárias internacionais. Ele ainda podia se gabar de ter o mais bem treinado e melhor equipado exercito permanente da cristandade, com dezenas de postos na Europa, e seu orgulho feroz refletia esse poder.

Pobre De Molay, pois mal sabia ele que seu nome, caráter e coragem seriam eternizados nos corações de milhares de jovens e adultos séculos mais tarde!




NA PRÓXIMA SEMANA
☩ AS PRIMEIRAS AÇÕES DE JACQUES DE MOLAY COMO GRÃO-MESTRE ☩


terça-feira, 8 de setembro de 2015

☩ AS SECRETAS ATIVIDADES TEMPLÁRIAS ☩

Em estudos anteriores falamos sobre as riquezas dos templários, sobre como eles viviam, suas regras, costumes, de que forma era composta a Ordem, seus meios secretos de identificação etc.

Hoje estudaremos as Secretas Atividades Templárias “exotéricas” e “esotéricas”. Acompanhem-nos!
Embora fossem uma irmandade monástica, os Templários, inevitavelmente, envolveram-se em política, especialmente no Reino de Jerusalém.

Seu papel nas maquinações políticas tornou inevitável que se desenvolvesse uma intensa rivalidade com a Ordem do Hospital de São João de Jerusalém. Essa rivalidade se inflamou tanto que, por vezes, havia verdadeiras lutas na Rua entre Templários e Hospitalários.

De fato, para ajudar a compreender como os Templários, que eram monges piedosos e humildes, devotados ao serviço dos peregrinos, tornaram-se um “arrogante” centro de poder, afirmando-se como senhores seculares de grande influencia, é preciso examinar as atividades da Ordem do Templo nos últimos anos antes da perda da Terra Santa e da brutal supressão da Ordem feita pelo rei da França.

De certo, os Templários protegiam os peregrinos até a Cidade Santa, mas, engana-se quem pensa que a Ordem foi criada apenas e tão somente para tal propósito. Havia sim, atividades político-militares, monástica e eclesiástica, serviços financeiros e civis, porém, o seu Real Objetivo era a restauração do Culto secreto primitivo.

A liberdade de pensamento intelectual e a restauração de uma nova religião universal era seu objetivo secreto. Jurando votos de obediência, pobreza e castidade, eles estavam em primeiro plano seguindo os verdadeiros Cavaleiros de S. João Batista, que clamava no deserto e viviam comendo mel silvestre e gafanhotos.

Os Templários faziam escavações na parte subterrâneas do Templo, e de fato pesquisadores já comprovaram que eles acharam verdadeiras relíquias e tesouros. Não estamos falando especificamente do Tesouro perdido do Templo do rei Salomão, mas, de manuscritos e papiros antigos.

É um erro afirmar que a Ordem tornara-se apenas mais tarde “anti-papal”, pois foi assim desde o inicio. Somente os verdadeiros adeptos dos altos graus sabiam de seus estudos esotéricos, enquanto a massa, por certo, apenas dos estudos exotéricos.

Sabe-se que os Cavaleiros Templários tiveram contato direto com os rabinos na Terra Santa, pois os Cavaleiros não sabiam “decifrar” e estudar de maneira correta os escritos antigos encontrados nas escavações, necessitando assim da ajuda dos escribas, rabis e fariseus.

Os Templários reverenciavam as doutrinas da alquimia, astrologia, magia, e finalmente a Kabaláh judaica, e aderiram aos Ensinamentos secretos de seus chefes no Oriente (veja, não as interprete isso como “satanismo”).

Essas atividades secretas presidiram a fundação de grandes Ordens Religiosas, muitas vezes em guerra com as autoridades seculares, eclesiásticas ou civis. Sua realização também era o sonho das seitas dissidentes dos gnósticos ou Illuminati que fingiam para conectar a sua fé com a tradição primitiva do cristianismo de S. João Batista.

Assim, finalmente os Templários tornaram-se uma ameaça para a Igreja e para a Sociedade, quando a Ordem rica e dissoluta, iniciada nas misteriosas doutrinas da Kabaláh, parecia disposta a voltar-se contra a autoridade legítima do princípio conservador da hierarquia, e ameaçava o mundo inteiro com uma revolução imensa .

Os Templários, cuja história é tão pouco conhecida, foram considerados os conspiradores terríveis, mas, somente por que foram mal interpretados. De qualquer forma essas informações vazaram, e em breve os poderosos Cavaleiros Templários seriam pobres vítimas de uma brilhante emboscada.




NA PRÓXIMA SEMANA
☩O Escolhido ☩


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

☩ COMO ERA COMPOSTA A ORDEM DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS☩

Na semana passada descobrimos os Meios de Identificação Templária, hoje, estudaremos um pouquinho de como era composta essa riquíssima Ordem. Acompanhem-nos!

Embora muitos Templários não chamassem a si mesmos, ou um ao outro, “cavaleiros”, nem empregassem o titulo honorifico “Sir”, observando antes sua postura eclesiástica com um simples título de Irmão (frater ou frère), os Templários precisavam ser de linhagem Cavaleiresca. Eram Guerreiros e não escriturários.


Na Ordem do Templo, havia a classe dos oficiais, que tinha como principal treinamento e ocupação a participação direta no campo de batalha; o exercito de administradores, tropas nativas e empregados por trás deles eram maiores que eles em numero, numa proporção de 50 para 1.

A Ordem não podia ser composta 100% de “cavaleiros”, assim como uma força aérea moderna não pode ser composta 100% de pilotos.

Os sargentos eram mais diversificados e podiam ser soldados montados ou a pé na batalha, assistentes pessoais dos cavaleiros ou administradores de uma ou mais propriedades agrícolas.

Os clérigos templários eram a ala letrada, e muito provavelmente tinham tarefas de natureza administrativa ou contábil, incluindo a escrita de cartas em código (conforme já estudamos). Outros administradores, supervisores e escribas eram simplesmente empregados, e em anos posteriores muitos deles falavam em árabe.

Conforme a Terra Santa era povoada por sangue local misturado com sangue europeu após sucessivas gerações, jovens eram recrutados no local e treinados pelos Templários para serem “Turcopoles”, membros de uma unidade de Cavalaria leve na Terra Santa, comandada por um oficial templário especial chamado Ir. Turcopoler (frère Turcopolier).

O Grão-Mestre, que também tinha o Grau de abade, era o governante autocrático da Ordem, embora recebesse conselhos e sugestões de seus principais oficiais. Mestres de preceptorias ou postos de comando eram também autocráticos, a menos que o Grão-Mestre estivesse presente.

Os quartéis-generais da Ordem e a residência do Grão-Mestre situavam-se no Templo de Jerusalém. Ele não era apenas administrador, mas líder militar de primeira linha, o que fica evidente pelo fato de que, de 21 Grão-Mestres, dez morreram em batalha ou das feridas que sofreram em combate.

Mas sejamos sinceros, conforme a Ordem amadurecia, aumentando em riqueza e números, o capuz da humildade se afastou da maioria dos Templários.



NA PRÓXIMA SEMANA
☩ As secretas atividades Templárias ☩


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

☩ OS MEIOS SECRETOS DE IDENTIFICAÇÃO TEMPLÁRIA ☩

No último texto finalizamos nossos estudos com uma pergunta, de que, como poderiam os Templários determinar que um documento de alto valor não fosse forjado ou que aquele que o portava era realmente o homem cujo nome aparecia nele? Agora vamos respondê-la, acompanhem-nos nessa viagem!


Sabia-se que os Templários mantinham agentes de informação nas principais cidades da Europa, do Oriente Médio e na costa mediterrânea e, necessariamente, teriam de empregar meios secretos de identificação.

Negócios financeiros internacionais requeriam segredo total, em operações navais, era preciso esconder informações dos muçulmanos ou piratas e a administração militar da Cavalaria certamente exigia isso.

É bom lembrar que os Templários obtiveram uma reputação, e não uma boa reputação, por sua dedicação ao segredo, mesmo nos encontros secretos e concílios da Ordem.Em seu conjunto, a rede de códigos, sinais, palavras, toques e técnicas de identificação, além de uma inflamada dedicação ao segredo em iniciações e reuniões, forneciam uma base ideal sobre a qual construir uma sociedade secreta.

Os Templários utilizavam-se do uso de “peças encaixadas” como meio de identificação, isso requeria que uma metade fosse enviada antes para o outro lado, solução nada prática, especialmente se o titulo fosse trocado em qualquer posto templário.

Algumas vezes, a exigência era maior, e era necessária uma carta de fiança. As cartas também requeriam verificação, uma vez que a maioria era escrita por escribas e copistas. Cartas falsas podiam trazer instruções perigosamente enganadoras sobre movimento militares ou manobras navais.

Usavam-se códigos para esconder a informação no texto de correspondência aparentemente inócua. A mensagem oculta podia dizer coisas tais como: “Mande dois navios a Messina.” Ou “Mate o homem que entregar esta carta.”

Outro método era elaborar uma ou mais questões pessoais que, esperava-se, apenas o destinatário autorizado pudesse responder.

Pergunta: Quando era menino, você caiu de uma arvore e se feriu. Quantos anos você tinha? Resposta: Sete anos e mais. Pergunta: Qual era a árvore? Resposta: a Acácia. Pergunta: Quem encontrou você e o levou para a casa? Resposta: Meu tio Moabe.

Esse antigo sistema ainda é utilizado nos dias de hoje, veja, recentemente ao enviar dinheiro da América para um amigo na Inglaterra, tivemos de escolher uma questão que apenas o destinatário poderia responder corretamente.A questão era “Como era o nome de solteiro de sua mãe?” Com a revelação da “palavra secreta” (Ziza), o dinheiro foi entregue.




☩NA PRÓXIMA SEMANA ☩
Como era composta a Ordem dos Cavaleiros Templários


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

☩ A RIQUEZA DOS TEMPLÁRIOS ☩

Muito se especula sobre as Riquezas dos Cavaleiros Templários, uns dizem que ficaram ricos através do Tesouro perdido do Rei Salomão, outros, dizem que foram através de pactos e rituais satânicos, mas, na verdade não foi nenhum e nem outro. Vejamos como os Templários se tornaram os homens mais ricos da face da Terra.

No último texto estudamos a vida de um Cavaleiro Templário, agora, falaremos um pouquinho de suas enormes riquezas. Acompanhe-nos! Os Templários tinham mais de nove mil propriedades em toda a Europa, além de moinhos e mercados. Além dessas propriedades lucrativas, possuíam outras fontes de renda.

Durante seus duzentos anos de existência mais de vinte mil iniciados trouxeram terras ou dotes em dinheiro a Ordem. Ao comprar e mesmo construir navios de guerra para proteger os outros, nossos irmãos Templários obtiveram lucro com o transporte de equipamento, cruzados seculares e peregrinos para a Terra Santa. Ganhavam, freqüentemente, presentes de agradecimento ou eram lembrados em testamentos. A Igreja de Roma contribuía e conclamava os outros a fazer o mesmo.
O resultado disso tudo foi uma superabundância de fundos e, como esse excesso era aplicado, os Templários ingressavam em um negocio relativamente novo: o Monetário.

O serviço financeiro mais fácil para os Templários era o deposito seguro. Uma vez que eles tinham que manter vigilância continua sobre seu próprio tesouro, não era necessário trabalho nem homens extras para realizar os mesmos serviços para terceiros. Há registros de roubo em postos Templários, mas eles ainda eram favoritos em uma época em que a única proteção para valores eram homens armados ou o esconderijo seguro.

Se um homem viajasse, podia levar seu tesouro e arriscar perde-lo para bandidos ou para um senhor rival, ou deixá-lo em casa, com o risco de ser roubado por parentes, servos, ou por ataque a casa durante sua ausência. Uma alternativa efetiva era o serviço oferecido pelos Cavaleiros que tinham a reputação de guardar o tesouro dos outros com tanta atenção como se fosse o deles.

Outro serviço não menos importante era o de agentes de coleta. Eles faziam contratos para coleta de impostos, e às vezes trabalhavam como agentes para negociar o resgate e a libertação de prisioneiros importantes, chegando a um ponto de participar da coleta dos fundos do pagamento dos resgates. Nossos irmãos Templários mantinham empreendimentos no sentido de que coletavam lucros ou gerenciavam propriedades lucrativas. Cobravam altas taxas pelos seus serviços e como banqueiros hipotecários, os templários emprestavam dinheiro a propriedades rentáveis, frequentemente evitando à proibição a usura, recolhendo seus lucros até que ela fosse resgatada. 

Naquela época não existiam documentos tais como RG, CPF, TITULO, HOLOGRAMAS, FOTOS e nem IMPRESSÕES DIGITAIS. Então podemos apenas especular sobre os problemas de um cidadão de Jerusalém a quem um estrangeiro, que acabou de entrar com um pedaço de papel, entregue três meses antes em Paris, pede uma grande soma em dinheiro.

A pergunta que fica é: Como determinar que um documento de alto valor não era forjado ou que aquele que o portava era realmente o homem cujo nome aparecia nele?




☩ NA PRÓXIMA SEMANA ☩
Os Meios Secretos de Identificação Templária


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

☩ A VIDA DE UM CAVALEIRO TEMPLÁRIO ☩

A vida Templária exigia muitos desafios, no último texto descobrimos algumas das diversas Regras que envolviam votos de obediência, pobreza e castidade.

Ser um Cavaleiro Templário era o mesmo que unir-se a adesão a estritos votos monásticos com a constante ameaça de mutilação ou morte no campo de batalha sagrado, era a penitencia suficiente para compensar qualquer pecado.


A vida de um Cavaleiro Templário exigia viagens, treinamento militar e participação em batalhas, atividades pouco conhecidas em outras comunidades monásticas.


Os Templários utilizavam ceroulas de pele de carneiro que nunca deviam ser removidas. Dormiam sempre com tochas acessas para evitar a escuridão, que permitiria ou encorajaria praticas homossexuais, preocupação constante em todas as sociedades masculinas, incluindo monastérios.


Muitos Templários participavam de atividades comunitárias, como a celebração da missa, a leitura de ofícios, a oração em grupo, as refeições e o trabalho de proteger os peregrinos.

Seus lideres instigavam todos os jovens de berço nobre a se juntar aos Templários e pedia aos cristãos que apoiassem a Ordem com generosos presentes. Suas riquezas cresciam cada vez mais.




☩NA PRÓXIMA SEMANA ☩
A Riqueza dos Templários


terça-feira, 4 de agosto de 2015

☩ AS REGRAS DE UM CAVALEIRO TEMPLÁRIO ☩

A Ordem, no inicio, parece ter sido pouco mais que um “clube particular” formado em torno do Conde de Champagne. Hugo de Payens era seu primo. André de Montbard, que se tornaria o quinto Grão-Mestre, era tio de Bernardo, que era ele próprio, de Champagne, enquanto o papa Honório fora um seguidor cisterciense de Bernardo.

Bernardo ajudou a esboçar uma Regra Templária baseada na Ordem Cisterciense, que por sua vez havia sido baseada na Regra Beneditina, muito mais antiga. Para compreender a natureza da Ordem Templária, é importante enxergar nela uma Ordem monástica (pelo menos de inicio) e não uma Ordem de Cavalaria.


Mais importante que o próprio monastério foi a Regra que Benedito criou para os monges que o seguiram. Essa Regra Beneditina se tornou um modelo de fundação para diversas ordens monásticas que se seguiram, cuja Regra, por sua vez, tornou-se a base da Regra criada para os Cavaleiros Templários.

O ponto central da Regra Beneditina estava incorporado em três votos: de pobreza, castidade e obediência, todos rigorosamente obrigatórios. Para as primeiras ofensas, a Regra Beneditina exigia repreensão verbal e confinamento solitário, com muita oração. Se isso não fizesse com que o monge abandonasse seus modos obstinados, o abade estava autorizado a usar o flagelo. Se seus erros não pudessem ser arrancados dele, o monge podia ser expulso da Ordem.


Uma vez que a Ordem Templária não respondia a ninguém além do papa, ela essencialmente criou seu próprio sistema de punições, que chegava até a pena de morte, por desobediência.Por exemplo, uma cela penitenciaria com apenas 4 pés e meio de cumprimento foi construída na igreja Templária em Londres e, nessa cela, o Irmão Marechal (comandante militar) da Irlanda foi confinado por desobediência as ordens do Mestre. Incapaz de se levantar, de se esticar, ele foi mantido na pequena cela de pedra até que morreu de fome.


Já a castidade incluía ambos os sexos. Nenhum Templário podia beijar ou tocar qualquer mulher, nem mesmo sua mãe ou irmã. Mesmo a conversa com qualquer mulher era desencorajada e freqüentemente proibida. Nenhum Templário devia permitir que ninguém, especialmente outro Templário, visse seu corpo nu. Em seus dormitórios, lâmpadas (tochas) ficavam acessas a noite toda para afastar a escuridão.


No campo de batalha, se por acaso, estivessem sob condições opressivas, com o direito de se retirar de acordo com sua Regra, e o comandante do campo lhes dissesse para ficar e lutar até que o ultimo Templário estivesse morto, a ordem tinha de ser obedecida. Os homens que se juntavam a Ordem Templária esperavam morrer em batalha e a maioria deles o fazia.


A Regra Templária também dava direito a apenas duas refeições diárias, mas permitia a carne, proibida por outras ordens monásticas, por causa da natureza fatigante dos deveres dos irmãos Templários. Não tinham permissão de falar durante as refeições e eram obrigatoriamente obrigados a participar das devoções religiosas cotidianas, como qualquer outro grupo monástico. Muitas outras Regras não estão descritas aqui (achei por bem não publicá-las para sigilo da mesma).

Ao manter seu voto de pobreza, Hugo de Payens entregou toda sua propriedade à Ordem, e os outros Templários fundadores logo fizeram o mesmo.Porém, de forma alguma os Templários deviam ser limitados pelas leis dos países nos quais eles pudessem residir de tempo em tempo. Apenas sua própria Regra governava sua conduta e somente seus superiores podiam discipliná-los.





☩NO PRÓXIMA SEMANA ☩
Como vivia um Cavaleiro Templário


segunda-feira, 27 de julho de 2015

☩ INICIAÇÕES TEMPLÁRIAS ☩

As iniciações Templárias e reuniões dos Capítulos eram feitas em total sigilo (e isso não é segredo para nós). Qualquer Templário que revelasse algum procedimento, mesmo que fosse para outro membro de grau inferior, estava sujeito a punições, incluindo a expulsão da Ordem.

Para preservar o segredo, os encontros eram guardados por Cavaleiros Sentinelas que ficavam do lado de fora da porta da Sala Capitular com espada já desembainhada. Embora não haja documentação, a lenda conta que muitas vezes espiões e forasteiros, ou mesmo simples curiosos, encontraram a morte no momento em que foram apanhados.

O conteúdo completo da Regra, que podia ser alterado, acrescentado ou mesmo ignorado de tempos em tempos por cada Grão-Mestre, era altamente confidencial. O Aprendiz Templário ou iniciático sabia apenas o bastante da Regra para lhe permitir tomar seu lugar na Ordem.

Conforme subia na hierarquia templária, novas partes da Regra eram reveladas e explicadas a ele. O conhecimento do conteúdo completo dela era restrito aos Graus mais altos da Ordem. Para todos os outros, só se contava o estritamente necessário.

Uma das mais sérias ofensas na Ordem era que um Cavaleiro de qualquer grau revelasse qualquer parte da Regra. Vale lembrar que durante seus duzentos anos de existência, mais de vinte mil iniciados trouxeram terras ou dotes em dinheiro à Ordem.

Se o novo aprendiz ou iniciático templário não tivesse propriedades para contribuir, esperava-se que ele desse um “dote” em dinheiro. Uma vez iniciado, não tinha permissão de ter dinheiro ou outros valores, nem mesmo livros, em domínio pessoal. 

Se houvesse saque era entregue a Ordem. Essa Regra era tão importante que se, após sua morte, descobrisse que o Templário possuía bens próprios, ele era declarado expulso da Ordem, o que impedia um enterro cristão.





☩ NA PRÓXIMA SEMANA ☩
Que Regras eram essas?


terça-feira, 21 de julho de 2015

☩ TEMPLÁRIOS ☩

Para à proteção dos fracos e dos aflitos, dos oprimidos e dos que sofrem, para construir uma Ponte da Cavalaria onde os povos do mundo pudessem atravessar em direção a uma vida mais harmoniosa e feliz , no ano de 1118 deu-se inicio uma petição ao rei Balduino II para uma nova Ordem Religiosa.
Essa nova Ordem se devotaria totalmente à proteção militar de peregrinos aos lugares sagrados. Eles buscaram permissão, e conseguiram, para ter quartéis de sua nova Ordem em uma ala do palácio real na área do Templo.

Ali ficava a antiga Mesquita de Al-Aqsa, que supostamente fora construída no lugar do Templo de Salomão. Por causa de sua localização, nossos Irmãos adotaram seu nome: Os Pobres Companheiros Soldados de Cristo no Templo de Salomão.

Ao longo dos séculos, nossos Irmãos seriam conhecidos como Ordem do Templo, Cavaleiros do Templo de Salomão em Jerusalém, Cavaleiros Templários e diversas outras variações.
Duas coisas permaneceram padronizadas: qualquer que fosse a forma de seu nome, sempre se baseava do Templo de Salomão, e sempre vinha depois do nome popular que eles ainda carregam, os CAVALEIROS TEMPLÁRIOS.
De inicio, a nova Ordem aparentemente fez muito pouco nos primeiros nove anos de sua existência, mas depois, um vassalo chamado Hugo de Payens se tornou Grão-Mestre de uma Ordem que respondia apenas ao Papa e possuía ouro, prata e terras, com muitos cavaleiros prontos a morrer se seu Mestre assim ordenasse...




☩ NA PRÓXIMA SEMANA ☩
Como eram feitas as Iniciações Templárias, NÃO PERCAM!


sexta-feira, 6 de março de 2015

Mais um ciclo de seca ou resultados da interferência humana na natureza?!

O Brasil vive a maior crise hídrica das últimas décadas. Vários estados brasileiros estão no limite de seus reservatórios, e por falta de políticas públicas para evitar a poluição dos recursos hídricos, estamos perto de um colapso. A crise atinge também o setor energético, já que dependemos dos reservatórios para as hidrelétricas funcionarem.

As imagens de grandes rios, como o São Francisco cada vez mais vazios, assustam até os moradores mais antigos de onde o “Velho Chico” passa.  Em Sete Lagoas, além da Lagoa Grande, uma das maiores da cidade, a situação do Parque da Cascata, localizado na Serra Santa Helena, assusta.

Em recente reportagem, o site setelagoas.com, mostrou o estado da lagoa do parque, como o leitor pode perceber na foto a baixo.

Lagoa do parque da cascata está praticamente seca / Foto: setelagoas.com/Alan Junior

Segundo a reportagem,  a lagoa nunca esteve no estado da foto acima. O professor de Mecânica dos Solos, do Centro Universitário - UNIFEMM, Luiz Marcelo fez uma análise acerca da situação, veja o vídeo que segue:




A pergunta que fica é: será apenas mais um ciclo rigoroso de seca que o planeta vive de tempos em tempos, ou será resultado das interferências do homem na natureza?!

O IPCC (sigla do Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas da ONU), apontou no relatório divulgado em novembro de 2014, que se a interferência humana continuar da forma desastrosa que hoje está, os estragos podem ser irreversíveis. 
É possível fazer algo?!

Claro que sim.

Colocar em prática os tratados internacionais e o conceito de desenvolvimento sustensável que desde a Conferência Internacional de Estocolmo em 1972 tem sido citado praticamente uma teoria em vão em todas as confererências e reuniões, pode ser o início. É fundamental que as autoridades de cada país se sensibilizem com a questão.

A água já começa a faltar, o solo em muitas regiões do planeta já está árido e infértil, em outras a inundação faz estragos, o inverno é extremamente rigoroso e o calor não perdoa ninguém. A poluição atmosférica nas grandes cidades é insuportável. Transformamos nossos córregos, lagoas, rios, e as regiões costeiras em verdadeiros depósitos de lixo e descargas humanas. O esgoto e a forte poluição tornam regiões propícias para a produção de alimentos ou uso humano em inviáveis.

A legislação brasileira é bem formulada quanto à questão ambiental.
Falta-nos fiscalização e mais rigor para que ela seja efetivada. Cito apenas algumas dessas leis, para consultá-las basta pesquisar no Google:

Política Nacional do Meio Ambiente – Lei Nº 6.938/1981
Artigo 225 da Constituição Federal da República de 1988
Lei dos Crimes Ambientais  - Lei Nº 9.605/1998


O  desastre não pode ser creditado apenas aos homens públicos e ao setor produtivo. A sociedade tem de fazer a sua parte.  O problema atinge a todos, já que a biosfera é uma comunidade só.

Sem recursos naturais não se vive.

Fonte: Infográficos Estadão


A natureza está apenas cobrando a conta de séculos de exploração irresponsável. E essa conta pode nos ser cara demais.

*Com informações:



MOURA, Saulo. Estudante e sênior DeMolay.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A história por traz do Hino Nacional Brasileiro

Todos aqueles que se julgam Demolays, tem conhecimento de uma importante virtude, representada pela sétima vela, o patriotismo. Portanto, é dever desses exercer o seu papel de cidadão e ter o conhecimento básico sobre os símbolos da nação. Um importante símbolo – talvez o mais conhecido – é o Hino Nacional, criado por Joaquim Osório Duque Estrada. A letra é muito bonita, porém, apesar de muitos conseguirem proclamá-lo sem erros, boa parte das pessoas não entendem o sentido de suas frases. O autor Wayne Tobelem dos Santos explicou muito bem uma das maiores riquezas da nação.


1. Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante

Poderíamos parafrasear (escrever de outra forma) este verso assim: As margens calmas do rio Ipiranga ouviram o grito estrondoso de um herói (Dom Pedro I), que representava todo o povo brasileiro.


2. E o sol da liberdade em raios fúlgidos
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Fúlgido significa brilhante.

Mas não dava prá dizer: "raios brilhantes brilhavam" porque iria parecer repetitivo e pobre. O grito de "Independência ou Morte" transformava uma nação colonial, dependente de Portugal, em um novo país autônomo e livre. Duque Estrada compara a liberdade a um sol brilhante que ilumina o céu (Pátria), antes obscurecida pelo colonialismo.


3. Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

Agora que o povo brasileiro conquistou seu passe para a liberdade, através de sua força e coragem, inspirado nesta nova liberdade não hesitará em enfrentar a própria morte (isto é, se tiver de lutar e morrer, o povo não sentirá medo). A frase pode ser reescrita assim: através de nossa coragem conquistamos uma igualdade de condição com quem antes era nosso colonizador e, para manter esta situação de liberdade, estamos prontos a sacrificar a própria vida.


4. Ó Pátria Amada,
Idolatrada
Salve! salve!

Idolatrar é transformar algo ou alguém em ídolo, como se costuma fazer com artistas de modo geral. Salve equivale a uma saudação. Originalmente se dizia; "Deus te salve!".


5. Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu risonho e límpido
A imagem do Cruzeiro resplandece!

Aqui o poeta compara o Brasil a um sonho intenso, porque ainda tem muito a realizar. Sabe-se que o Cruzeiro do Sul é uma constelação que aparece no céu do Brasil. Ela tem a forma de cruz, que nos lembra Jesus Cristo e as práticas cristãs. Portanto, vamos refazer os versos para entender o sentido: O Brasil é como um sonho intenso e, já que em nosso céu límpido a cruz de Cristo resplandece, desta cruz desce um raio brilhante que ilumina o Brasil. Ou seja, o Brasil está sob o amparo e a proteção de Cristo. 


6. Gigante pela própria natureza
Es belo, és forte impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.

Se você olhar o mapa mundial, vai notar que o Brasil é o quinto maior país do mundo.

Se reescrevermos a frase, ficaria: Tu (Brasil), és belo, forte e, graças ao tamanho imenso que a natureza te deu, não tens medo de nada. Além disso, a tua grandeza de hoje vai se revelar no futuro. 

7. Terra adorada, entre outras mil,
És tu Brasil, ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

Este trecho é mais fácil de se entender, embora também utilize algumas inversões:

Brasil, tu és nossa terra adorada e te escolhemos entre outras mil terras; tu és nossa pátria amada, mãe gentil (carinhosa) dos filhos deste solo (de nós, brasileiros). 


8. Deitado eternamente em berço esplêndido
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

A idéia que Duque Estrada quer transmitir é a de que a localização geográfica do Brasil é mesmo muito privilegiada: as montanhas, as matas, os rios, toda a natureza formam a imagem de um berço (um imenso país recém-nascido). 

"Ao som do mar", porque temos um litoral vasto com belíssimas praias; "e à luz do céu profundo", isto é, ensolarado, típico dos trópicos. 

O "sol do Novo Mundo" coloca o Brasil mais uma vez como uma nação jovem e promissora. O velho mundo (Europa) conquistou e colonizou o novo mundo (América). 


9. Do que a terra mais garrida
Teus risonhos lindos campos têm mais flores,
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio, "mais amores".
Garrida é colorida, alegre, vistosa.


Teus risonhos lindos campos têm mais flores do que a terra mais garrida (vistosa). Ou seja, nossa natureza é mais colorida e bela que a de outras terras. 
Nossos bosques têm mais vida (mais beleza e vitalidade). 

Nossa vida, em teu seio (dentro de ti, Brasil), mais amores. 

Equivale a dizer que nós, brasileiros, por vivermos no Brasil, somos mais capazes de amar. 

As aspas são usadas, pois representam citações dos versos de Gonçalves Dias em "Canção do Exílio".


10. "Ó Pátria amada,
Idolatrada
Salve! Salve!

Idolatrar é transformar algo ou alguém em ídolo, como se costuma fazer com artistas de modo geral. 

Salve equivale a uma saudação. Originalmente se dizia: "Deus te salve!" 


11. Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado

Um lábaro era um estandarte muito usado pelos romanos e aqui está representado por nossa bandeira, repleta de estrelas; e deseja que ele represente o amor eterno. 

O poeta está tentando dizer: tomara que as estrelas da tua bandeira sejam símbolo de amor eterno.


12. E diga ao verde-louro desta flâmula
Paz no futuro e glória no passado.

Flâmula aqui é sinônimo de bandeira. O louro é uma planta que simboliza poder e glória. Mais uma vez, vamos olhar para a bandeira. Duque Estrada torce para que o louro da bandeira simbolize um poder que venceu batalhas gloriosas no passado, quando isso foi necessário para se conseguir a independência, mas só deseja paz daquele momento em diante, pois o verde, além da esperança, também simboliza a paz. 


13. Mas se ergues da justiça a clava forte
Verás que o filho teu não foge à luta,
Nem teme quem te adora a própria morte.

Clava é um pedaço de pau pesado usado como arma. Vimos que, no verso anterior, o poeta sonha com a paz no futuro. De repente, entretanto, este verso diz: mas se ergues (levantas) a clava forte da justiça, ou seja, se o país tiver de lutar contra a injustiça, verás que um brasileiro (filho teu) não foge à luta (enfrenta a guerra). 

E quem te adora não teme nem a própria morte, quer dizer, os brasileiros adoram tanto o seu país que seriam capazes de sacrificar suas próprias vidas para defendê-lo.


14. Terra adorada, entre outras mil,
És tu, Brasil, ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria Amada, Brasil!

Este trecho é mais fácil de se entender, embora também utilize algumas inversões: Brasil, tu és nossa terra adorada e te escolhemos entre outras mil terras; tu és nossa pátria amada, mãe gentil (carinhosa) dos filhos deste solo (de nós, brasileiros). 


Fonte: Wayne Tobelem dos Santos [adaptado]

DINIZ, Patrick. Estudante e membro deste capítulo.