terça-feira, 4 de agosto de 2015

☩ AS REGRAS DE UM CAVALEIRO TEMPLÁRIO ☩

A Ordem, no inicio, parece ter sido pouco mais que um “clube particular” formado em torno do Conde de Champagne. Hugo de Payens era seu primo. André de Montbard, que se tornaria o quinto Grão-Mestre, era tio de Bernardo, que era ele próprio, de Champagne, enquanto o papa Honório fora um seguidor cisterciense de Bernardo.

Bernardo ajudou a esboçar uma Regra Templária baseada na Ordem Cisterciense, que por sua vez havia sido baseada na Regra Beneditina, muito mais antiga. Para compreender a natureza da Ordem Templária, é importante enxergar nela uma Ordem monástica (pelo menos de inicio) e não uma Ordem de Cavalaria.


Mais importante que o próprio monastério foi a Regra que Benedito criou para os monges que o seguiram. Essa Regra Beneditina se tornou um modelo de fundação para diversas ordens monásticas que se seguiram, cuja Regra, por sua vez, tornou-se a base da Regra criada para os Cavaleiros Templários.

O ponto central da Regra Beneditina estava incorporado em três votos: de pobreza, castidade e obediência, todos rigorosamente obrigatórios. Para as primeiras ofensas, a Regra Beneditina exigia repreensão verbal e confinamento solitário, com muita oração. Se isso não fizesse com que o monge abandonasse seus modos obstinados, o abade estava autorizado a usar o flagelo. Se seus erros não pudessem ser arrancados dele, o monge podia ser expulso da Ordem.


Uma vez que a Ordem Templária não respondia a ninguém além do papa, ela essencialmente criou seu próprio sistema de punições, que chegava até a pena de morte, por desobediência.Por exemplo, uma cela penitenciaria com apenas 4 pés e meio de cumprimento foi construída na igreja Templária em Londres e, nessa cela, o Irmão Marechal (comandante militar) da Irlanda foi confinado por desobediência as ordens do Mestre. Incapaz de se levantar, de se esticar, ele foi mantido na pequena cela de pedra até que morreu de fome.


Já a castidade incluía ambos os sexos. Nenhum Templário podia beijar ou tocar qualquer mulher, nem mesmo sua mãe ou irmã. Mesmo a conversa com qualquer mulher era desencorajada e freqüentemente proibida. Nenhum Templário devia permitir que ninguém, especialmente outro Templário, visse seu corpo nu. Em seus dormitórios, lâmpadas (tochas) ficavam acessas a noite toda para afastar a escuridão.


No campo de batalha, se por acaso, estivessem sob condições opressivas, com o direito de se retirar de acordo com sua Regra, e o comandante do campo lhes dissesse para ficar e lutar até que o ultimo Templário estivesse morto, a ordem tinha de ser obedecida. Os homens que se juntavam a Ordem Templária esperavam morrer em batalha e a maioria deles o fazia.


A Regra Templária também dava direito a apenas duas refeições diárias, mas permitia a carne, proibida por outras ordens monásticas, por causa da natureza fatigante dos deveres dos irmãos Templários. Não tinham permissão de falar durante as refeições e eram obrigatoriamente obrigados a participar das devoções religiosas cotidianas, como qualquer outro grupo monástico. Muitas outras Regras não estão descritas aqui (achei por bem não publicá-las para sigilo da mesma).

Ao manter seu voto de pobreza, Hugo de Payens entregou toda sua propriedade à Ordem, e os outros Templários fundadores logo fizeram o mesmo.Porém, de forma alguma os Templários deviam ser limitados pelas leis dos países nos quais eles pudessem residir de tempo em tempo. Apenas sua própria Regra governava sua conduta e somente seus superiores podiam discipliná-los.





☩NO PRÓXIMA SEMANA ☩
Como vivia um Cavaleiro Templário


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