O
Brasil vive a maior crise hídrica das últimas décadas. Vários estados
brasileiros estão no limite de seus reservatórios, e por falta de políticas
públicas para evitar a poluição dos recursos hídricos, estamos perto de um
colapso. A crise atinge também o setor energético, já que dependemos dos
reservatórios para as hidrelétricas funcionarem.
As
imagens de grandes rios, como o São Francisco cada vez mais vazios, assustam
até os moradores mais antigos de onde o “Velho Chico” passa. Em Sete Lagoas, além da Lagoa Grande, uma das
maiores da cidade, a situação do Parque da Cascata, localizado na Serra Santa
Helena, assusta.
Em
recente reportagem, o site setelagoas.com, mostrou o estado da lagoa do parque,
como o leitor pode perceber na foto a baixo.
Segundo
a reportagem, a lagoa nunca esteve no
estado da foto acima. O professor de Mecânica dos Solos, do Centro
Universitário - UNIFEMM, Luiz Marcelo fez uma análise acerca da situação, veja
o vídeo que segue:
A
pergunta que fica é: será apenas mais um ciclo rigoroso de seca que o planeta
vive de tempos em tempos, ou será resultado das interferências do homem na
natureza?!
O
IPCC (sigla do Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas da ONU),
apontou no relatório divulgado em novembro de 2014, que se a interferência
humana continuar da forma desastrosa que hoje está, os estragos podem ser
irreversíveis.
É
possível fazer algo?!
Claro
que sim.
Colocar
em prática os tratados internacionais e o conceito de desenvolvimento
sustensável que desde a Conferência Internacional de Estocolmo em 1972 tem sido
citado praticamente uma teoria em vão em todas as confererências e reuniões,
pode ser o início. É fundamental que as autoridades de cada país se
sensibilizem com a questão.
A
água já começa a faltar, o solo em muitas regiões do planeta já está árido e
infértil, em outras a inundação faz estragos, o inverno é extremamente rigoroso
e o calor não perdoa ninguém. A poluição atmosférica nas grandes cidades é
insuportável. Transformamos nossos córregos, lagoas, rios, e as regiões
costeiras em verdadeiros depósitos de lixo e descargas humanas. O esgoto e a
forte poluição tornam regiões propícias para a produção de alimentos ou uso
humano em inviáveis.
A
legislação brasileira é bem formulada quanto à questão ambiental.
Falta-nos
fiscalização e mais rigor para que ela seja efetivada. Cito apenas algumas
dessas leis, para consultá-las basta pesquisar no Google:
Política
Nacional do Meio Ambiente – Lei Nº 6.938/1981
Artigo 225 da
Constituição Federal da República de 1988
Lei dos
Crimes Ambientais - Lei Nº 9.605/1998
O desastre não pode ser creditado apenas aos
homens públicos e ao setor produtivo. A sociedade tem de fazer a sua
parte. O problema atinge a todos, já que
a biosfera é uma comunidade só.
A
natureza está apenas cobrando a conta de séculos de exploração irresponsável. E
essa conta pode nos ser cara demais.
*Com
informações:
http://www.estadao.com.br/infograficos/a-interferencia-humana-nos-sistemas-climaticos,ciencia,169935
MOURA, Saulo. Estudante e sênior DeMolay.
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