domingo, 23 de outubro de 2011

O que é realmente o cargo de Secretário?

Muitas pessoas, quando ingressam no Capítulo, sempre estabelecem redes de afinidades com determinados cargos. Os principais cargos almejados são, na maioria das vezes, diáconos, mestre-de-cerimônias e, é claro, conselheiros. No entanto, outros ofícios, como requerem muitos cuidados e são sinônimos de obrigações, são taxados de complicados ou ainda de indesejáveis. O cargo de secretário de um Capítulo enquadra-se no segundo caso. O fato de um escrivão ter de passar boa parte da reunião a redigir ata é um processo realmente cansativo. A tarefa exige muito da pessoa: não só a capacidade de ouvir o que as pessoas dizem e conseguir resumir o que foi falado, mas também de ter um bom vocabulário ao escrever, evitar qualquer ambiguidade e, sobretudo, saber concatenar bem as ideias comentadas. Por exemplo, não é agradável ler um texto repleto de repetições, períodos longos, falta de progressão textual. O secretário sempre deve ser prolixo e se atentar a todos os possíveis erros de português os quais podem ser cometidos ao escrever. Além disso, a imparcialidade é essencial. Vários documentos históricos possuem veracidade duvidosa em função da pessoalidade empregada pelos seus redatores. A ata de uma reunião, documento histórico que é, está sujeita também a tal condição. Apesar da dificuldade de esquivar-se da pessoalidade, o oficial deve deixar de lado o uso de expressões que deixem clara sua opinião, como a intensa adjetivação. Embora isso seja uma das principais tarefas de um escrivão, o trabalho não para por aí. Este deve conferir com frequência se há correspondências para o Capítulo. Estas devem ser comunicadas impreterivelmente em reuniões do Capítulo. Não é necessário lê-las integralmente, salvo se forem enviadas pelo SCODB, pelo GCEMG ou grandes entidades da Ordem. Também é preciso comunicar às mesmas entidades qualquer evento especial que seja comemorado na abertura de nossos trabalhos, a exemplo do Dia das Mães, dos Pais e do DeMolay. Lembrando da Cortesia, é ideal convidá-las a presidir a reunião, não é? Dessa forma, o secretário possui inclusive a função de enviar cartas aos demais Capítulos, autoridades DeMolays, Lojas Maçônicas, dentre outros. Como sempre, é inevitável a utilização de uma linguagem formal e padrão para comunicar-se.                                                                                                               
Porém, muitos DeMolays não conseguem enxergar o quão vantajoso é o ofício de secretário. A grande atenção e o excelente conhecimento de português exigidos fazem o oficial aprender bastante; o treino o qual este faz quase que semanalmente torna-se uma importante ferramenta para aprimorar-lhe o português. Tal aprendizado perpassa as fronteiras entre a Ordem e a vida puramente social, ou seja, aquilo que você aprende também pode ser usado na sua vida fora da Ordem. No mais, as lições de responsabilidade das quais o escrivão é incumbido são essenciais para a sua maturidade, ao passo que este começa a receber sérias obrigações. Enfim, acredito que os ganhos com o oficial sejam muito maiores se comparados a todas as dificuldades enfrentadas pelo mesmo.


Vinícius Caseiro de Oliveira
Vinícius Caseiro é estudante
Atualmente é Secretário do Capítulo Sete Lagoas

3 comentários:

  1. Irmão Vinícius...

    Assim como o Irmão Ivan, você sintetizou muito bem o posto que ocupa...Posto difícil, que requer muitas habilidades e que nos desenvolve tantas outras...
    Te admiro muito, pois conheço sua dedicação em tudo que faz. Sei da sua capacidade, acompanho seu empenho e vejo os resultados...

    Meus parabéns irmão, pelo texto, e pelo entendimento de um cargo tão importante e essencial em nossos trabalhos.

    Abraço Fraterno

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  2. parabens irmao otimo trabalho...

    fraternalmente
    lucas tavares
    Past-MC
    Cap. Luz e Fraternidade
    feira de santana-Ba

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  3. Muito bom o texto, a função de escrivão sempre foi a minha preferida pois cuida da história do Capítulo.

    Abraços aos irmãos de Sete Lagoas.

    Marcus Vinícius
    Escrivão - Capítulo Leopoldina.

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