Todo jovem demolay tem ou já teve em suas mãos uma CID, Carteira de identidade DeMolay, ou no caso de alguns demossauros como este que vos escreve, tiveram até o famoso mas raríssimo Demolay Card. Os cards de reconhecimento e regularização tiveram inicio em nossa ordem no mesmo ano de 1919, baseando-se no uso e costume da maçonaria; de mesma forma ocorreu com os diplomas de iniciação.
De início a ordem no território dos Estados Unidos da América utilizavam seus Demolay Cards feitos em papel ou papelão, antigamente eram verdadeiras rifas improvisadas, impressas em papéis com dupla face, a frente alguma imagem simbólica que era alternada anualmente e espaço em branco para que fosse adicionado a mão o nome do portador, do capítulo e a assinatura do escrivão. Atrás havia um pequena mensagem informando que aquele determinado capítulo possuía uma carta regular para os seus trabalhos. E a impressão simbólica da assinatura do Secretário Geral, a saber, por longa data cargo ocupado pelo próprio Tio Frank Sherman Land. Seguia-se então nesta mesma face um mini formulário para que o portador preenchesse com seus dados pessoais; o inusitado é que não somente os dados normalmente indicados eram usados como cidade, estado, e assinatura, mas também eram pedidas as medidas de altura, a coloração dos olhos e dos cabelos e o mais peculiar, o tamanho dos pés. Infelizmente é notório que até hoje os EUA usam algo parecido, e ainda em papel.
No Brasil desde o inicio da ordem também usou-se dos Demolay Cards, que eram ainda também em papel, no entanto muito mais simplistas. Quem tinha a sorte de receber o seu tinha em mãos apenas uma tira de papel com um imenso logo do supremo conselho a frente juntamente com seu nome e número de cadastro, e no verso nada de grandioso apenas as datas de iniciação e elevação. Mais tarde as credenciais brasileiras foram rebatizadas como CID, Carteira de Identidade DeMolay, já emitidas em PVC, conservaram o estilo, com um frente simbólica e variável anualmente e um verso bem mais avançado, que conta com o nome do portador, categoria dentro da organização, nome do capítulo, convento, corte, e as datas dos graus, ai já inclusos a Ordem da Cavalaria. Ainda se percebe o número de cadastro visível as datas de emissão e validade, e na lateral um código de barra que um dia se Deus quiser ainda usaremos para alguma coisa. Este modelo é o em vigor em nossa nação e o mais avançado do mundo.
Como na maçonaria a Ordem DeMolay instituiu logo cedo o costume de conferir diplomas certificando a iniciação na ordem, no entanto estes diplomas de membros só eram concedidos quando o irmão recebia o grau DeMolay, atingindo assim sua plenitude como membro da ordem, tendo em si não somente os direitos mas principalmente os deveres de irmão, membro e exemplo de cidadão; este costume-se institucionalizou-se em todas as jurisdições do mundo e permanece assim até hoje. Antigamente os diplomas eram verdadeiras obras de arte, com enunciados belíssimos em letras góticas e figuras celestiais que denotavam a elevação espiritual produzida pelas iniciações de nossa ordem. O Brasil usou um modelo simples e sem nenhum acabamento por muito tempo, baseando-se em um papel branco com algumas linhas. No momento em que vivemos encontramos algumas versões um pouco mais estilizadas, havendo até em algumas a figura de nosso patrono Jacques DeMolay. Cada vez mais tem-se visto versões produzidas pelos próprios capítulos afim de sanar as falhas operacionais na emissão destes no âmbito e responsabilidade do Supremo Conselho.
Podemos com absoluta certeza dizer que os diplomas e as credenciais são características históricas de nossa organização e que guardam de certo modo nossa existência como testemunhas que nos acompanham a quase um século. O diploma é a certificação oficial do status de membro de um irmão e sua credencial a apresentação formal e comprovação de sua regularidade. Irmão demolay, tenha estes documentos consigo, exija-os e os guarde orgulhosamente.
KKKKK, eu tive o lendário DeMolay Card de papel! Tá até hoje guardado lá na casa dos meus pais... Realmente, nunca tinha parado pra pensar, pra que raios é o tal código de barras????
ResponderExcluirParabéns pelo post irmão, fuçar a história da Ordem, inclusive esses detalhes pitorescos, é algo que me interessa um monte!