quarta-feira, 28 de outubro de 2015

☩ O PLANO DE DERRUBADA ☩

No texto passado percebemos que o desastre contra os Templários estava em marcha, e se tornava eminente. Agora, entenderemos o plano de derrubada, acompanhe-nos!

O rei Felipe da França desenvolveu um plano de derrubada contra os Cavaleiros Templários, assim, livrar-se-ia de suas imensas dividas e adquiriria os tesouros da Ordem para si.

Como parte desse plano, um antigo Cavaleiro Templário, que subira até o posto de prior de uma preceptoria templária na França antes de ser expulso da Ordem, fora recrutado para uma engenhosa representação.

Foi posto na prisão em Toulouse com um homem sentenciado a morte. Para manter a provisão eclesiástica de que membros do catolicismo laico deveriam confessar um outro na ausência de um sacerdote, os dois prisioneiros ouviram a confissão um do outro. 

O antigo Templário confessou práticas blasfemas e repugnantes que ele supostamente havia testemunhado dentro da Ordem Templária. A chocante confissão foi usada para preparar a lista de itens pelos quais os prisioneiros Templários foram subsequentemente “interrogados” pelos torturadores da Inquisição.

Novos membros, disse ele, como parte do ritual de iniciação, tinham que cuspir ou pisar na cruz. Os Templários eram obrigados a colocar sua Ordem e sua riqueza acima de qualquer outro principio, temporal ou religioso. 

Qualquer membro suspeito de revelar os segredos da Ordem era secretamente assassinado. Os Templários zombavam dos sacramentos da igreja e absolviam os pecados uns dos outros. Mantinham contatos secretos com os muçulmanos. Permitiam e encorajavam a atividade homossexual entre membros. 

Haviam perdido a Terra Santa da cristandade por causa de sua ganância insaciável. Eles adoravam ídolos, usavam na forma de uma cabeça de bode (Baphomet) ou de um ser humano (João Batista). Praticavam também alquimia, magia negra, Kabalah e esoterismo hermético.

O outro prisioneiro (que era também um embuste) pediu a seus carcereiros que lhe permitissem passar adiante essa informação vital. Ela foi devidamente entregue ao rei, que a repassou ao Papa com a sugestão de que se implementasse um inquérito formal. Ambos os prisioneiros foram recompensados e dispensados.

Nogaret tinha muito que fazer. A logística de obter correntes para 15 mil homens e arranjar lugar para seu aprisionamento já seria bastante difícil em publico, mas o problema era multiplicado pela necessidade de total segredo.

Esse segredo era importante porque o plano de derrubada era prender cada Templário na França exatamente ao mesmo tempo. Assim, Felipe esperava que, com a supressão da Ordem do Templo, todas as dívidas do Estado com os Templários seriam canceladas. 

Sem dúvida, a prisão simultânea de cada Templário exigiria uma operação cuidadosa, complexa, porque o grupo a ser preso compreendia muitos homens com experiência em luta. Decidiu-se manobrar enquanto eles estivessem dormindo. Ordens seladas foram enviadas aos senescais da França, com instruções para não as abrir até 12 de outubro de 1307.





NO PRÓXIMO TEXTO
☩O PLANO DE DERRUBADA CONTINUA ☩


☩ O DESASTRE EMINENTE ☩

No último texto percebemos que era necessária uma nova Cruzada, e que o rei Felipe, via a proposta de uma fusão (Templários e Hospitalários) com bons olhos. 

Agora, estudaremos o desenrolar dessa história. Acompanhem-nos!

Certamente, Jacques de Molay não tinha idéia do DESASTRE EMINENTE que viria pelas mãos do rei, que, com um método digno da máfia, festejou e agradou ao homem que ele planejava destruir.

Esse plano fora armado por Guilherme de Nogaret, o mesmo homem que planejara o rapto do papa Bonifácio VIII. A mãe e o pai de Nogaret haviam sidos atirados a fogueira como heréticos albigenses e ele não perdia a oportunidade de se vingar da Igreja romana.

Na preparação para seu ataque aos Templários, Nogaret colocara 12 de seus homens como espiões em vários postos da Ordem.

Porém, inconsciente dos complôs contra ele, Jacques de Molay foi ao palácio papal e submeteu aos planejadores papais as sugestões Templárias para a condução de uma nova Cruzada.

De Molay recomendou que os planos definitivos para a invasão da Palestina permanecessem em total segredo e não fossem nem mesmo escritos. Pessoalmente, ele indicava que suas sugestões secretas eram tão adequadas a uma guerra bem-sucedida que apenas as revelaria para o Papa em pessoa.

Quando surgiu o esperado assunto de uma fusão entre Templários e Hospitalários, Jacques de Molay estava pronto. Apresentou um documento formal intitulado de Unione Templi ET Hospitalis, um trabalho que ele podia discutir apenas em termos gerais., porque ele próprio era completamente analfabeto.

De Molay usou também esse encontro para tratar dos rumores que ele ouvia desde seu retorno a Paris, de que havia sérias impropriedades dentro da Ordem do Templo. Ele sugeria um inquérito papal formal fosse implementado, o que, certamente, derrubaria criticas contra sua fraternidade sagrada.

Por todo o tempo em que o Grão-Mestre afirmava sua confiança em si próprio e na Ordem Templária, o plano para derrubá-lo estava em marcha, e se tornava eminente!






NO PRÓXIMO TEXTO
☩ O PLANO DE DERRUBADA ☩



☩ O DESTINO FINAL DA ORDEM DO TEMPLO ☩

No texto passado vimos como o Papa Clemente V subiu ao Poder, agora, estudaremos o breve Destino final da Ordem dos Cavaleiros Templários. Acompanhem-nos!

Pois bem, em estudos anteriores, percebemos que era necessária uma nova Cruzada e, como parte do planejamento, o Papa indicara que queria discutir a proposta de os Templários e os Hospitalários se unirem em uma só Ordem, ideia que surgira cada vez mais freqüentemente nos últimos anos.

Apenas dois anos antes, um frade dominicano, Ramon Lull, escrevera um plano de fusão que despertara muito interesse. 

Ele propunha que os Cavaleiros Hospitalários e os Cavaleiros Templários se combinassem em uma única Ordem que se chamaria os Cavaleiros de Jerusalém, e que todos os governantes da Europa combinassem suas forças cruzadas sob um único comandante conhecido como Rex Bellator, o “Rei da Guerra”.

O Papa Clemente V respondera favoravelmente ao conceito de fusão. Os Hospitalários trouxeram nova esperança para uma cruzada e novo respeito para ele próprios com sua recente invasão da Ilha de Rodes e o Papa se inclinava para a nomeação de Foulques de Villaret, Grão-Mestre dos Hospitalários, para Grão-Mestre da proposta combinada.

O rei Felipe, via essas propostas de fusão com bons olhos, mas de um ponto de vista totalmente diferente. Ele propôs que o Papa e os reis da França fossem nomeados Grão-Mestres hereditários das Ordens combinadas, e que ele próprio fosse nomeado como “Rex Bellator”, com pleno a riqueza abundante das Ordens unidas.

A única pessoa que parecia disposta a favorecer esse plano era o próprio Felipe, de forma que, como alternativa, ele desenvolveu um plano para derrubar a Ordem Templária. Suas propriedades mais valiosas e seu maior tesouro estavam na França e ele pretendia expropriar todos para si. 

Adicionalmente, livrar-se-ia também de suas imensas dividas com os Templários, o que para ele era importante, uma vez que sua Cruzada pessoal para adquirir as posses continentais dos reis ingleses havia secado seu tesouro.

Assim, desta forma, seria o Destino final da Ordem do Templo.




NO PRÓXIMO TEXTO
☩ O DESASTRE EMINENTE ☩


☩ OS PROJETOS DE JACQUES DE MOLAY ☩

No último texto descobrimos os primeiros feitos de Jacques De Molay como o Ultimo Grão-Mestre. Agora, estudaremos suas metas e seus projetos em prol de sua Ordem. Fiquem conosco!

Você que nos acompanha a cada domingo sabe muito bem que as coisas já não estão indo de “vento em poupa” para os Templários como nos tempos de outrora. Sabe também que, eles acabaram de perder Castelos e Postos por causa de guerras.

De Molay então apresentou projetos para uma nova Cruzada de reconquista da Terra Santa, mas suas alegações vieram numa época inoportuna. 

O papa Bonifácio VIII deleitava-se no sucesso do ano de seu jubileu em 1299, uma celebração de virada de século na qual parecia que todo o mundo queria vir a Roma para se inclinar diante do supremo pontífice como o novo César e buscar suas boas graças com presentes em prata e ouro.

O atraso foi frustrante para De Molay que, com sua formação de planejamento e liderança militares, sentia saber como a nova cruzada deveria ser montada, mas, gradativamente, ficou obvio que não haveria nova cruzada enquanto Bonifácio VIII estivesse no trono de Pedro. 

Então, em 1305, Bernardo de Goth, arcebispo de Bordeaux, ascendeu ao trono como Papa Clemente V. As Ordens de monges guerreiros esperavam para ver qual seria a atitude do novo papa em relação à reconquista da Terra Santa. Não tiveram de esperar muito.

Enquanto esperavam as ordens do novo Papa para a reconquista da Terra Santa, os Templários planejavam e projetavam expedições para outras terras distantes do continente, bem como, esquadrinhavam seus escritos e papiros esotéricos descobertos na área do Templo de Salomão. 

Mais tarde, os Cavaleiros Templários trouxeram para o Ocidente um conjunto de símbolos e cerimônias pertencentes à tradição maçônica, e possuíam certo conhecimento que agora é transmitido somente nos Altos Graus filosóficos e capitulares da Maçonaria. 

Desse modo, a Ordem era também um dos depositários da sabedoria oculta na Europa durante os séculos XII e XIII, embora os segredos completos fossem dados somente a alguns membros; portanto, suas cerimônias de admissão eram executadas pelo Grão-Mestre, ou Mestre que esse designasse, pois eram estritamente religiosas e em absoluto segredo, como já mencionamos. 

Por causa desse segredo, a Ordem sofreu as mais terríveis acusações (que estudaremos nas próximas semanas). O mistério com o qual os Templários cercavam suas reuniões enchia de terror a imaginação dos contemporâneos daquela época, e não foge muito de nossa época também.

Em geral, tudo o que os homens não podiam ver ou compreender, adquiria aos seus olhos, as mais sinistras tonalidades.




NO PRÓXIMO TEXTO
☩ PAPA CLEMENTE V E JACQUES DE MOLAY ☩


terça-feira, 27 de outubro de 2015

☩ AS PRIMEIRAS AÇÕES DE JACQUES DE MOLAY COMO GRÃO-MESTRE ☩


No texto passado descobrimos quem foi o Escolhido dentre aqueles nobres Cavaleiros para ser o Ultimo Grão-Mestre. 

Agora, estudaremos os seus feitos. Fiquem conosco!

Como militar, uma das primeiras ações de Jacques de Molay foi tentar restaurar a moral, reforçando a estrita disciplina e retornando ao comportamento mais ortodoxo da Ordem.

A posse de quaisquer livros e outros escritos foi proibida aos soldados, sem exceção.

Como um soldado monge analfabeto, DeMolay não via nenhum proposito em que os Templários soubessem ler: tudo o que precisassem saber lhes seria dito e não havia por que saber mais do que o necessário.

Ordenou um aumento geral na disciplina por toda a Ordem, exigindo o reforço rígido da Regra Templária (conforme já estudamos) no que dizia respeito a dieta, traje, posses pessoais e devoção religiosa.

Era impossível para DeMolay expor-lhes as doutrinas dos chefes da Ordem. Esta teria sido a iniciar a multidão nos segredos dos Mestres, e de ter erguido o véu de Isis. Portanto sempre existia duas doutrinas, uma esotérica e outra exotérica. Uma oculta, secreta e outra exposta e aberta.

Mas, um problema continuo para DeMolay foi a declaração do rei Henrique de Chipre de que teria direito real de comandar todas as forças militares de seu reino, incluindo os Templários.

Essa ideia foi totalmente rejeitada por Jacques de Molay, que não reconhecia autoridade maior do que a sua na face da terra, com a simples exceção do próprio papa.









NO PRÓXIMO TEXTO
☩ OS PROJETOS DE JACQUES DE MOLAY ☩