quarta-feira, 1 de maio de 2013

O DEMOLAY DESNECESSÁRIO... *


Uma das situações, talvez a mais dolorosa para um homem, é quando ele se conscientiza de que é totalmente desnecessário, seja no ambiente familiar, no trabalho, na comunidade ou, principalmente, para nós DeMolays, dentro da nossa Instituição. Os DeMolays tornam-se desnecessários quando:

1) Pouco tempo após a sua Iniciação, já demonstra desinteresse pelas reuniões, faltando constantemente, demonstrando não estar comprometido com a Instituição, apesar de tere aceitado a Iniciação e ter feito um juramento solene;

2) durante as reuniões, já “enturmado”, fica impaciente com as instruções, com as palestras ou com as palavras dos Irmãos mais velhos, achando tudo uma chatice, uma bobagem que atrasa a confraternização ou os compromissos assumidos anteriormente;

3) quando, ao tempo da apresentação de trabalho para mudança de grau, não têm a mínima ideia dos assuntos dentre os quais podem escolher o seu tema. Simplesmente “copia” alguma coisa da internet e apresenta, pensando que ninguém vai notar.

4) quando, ainda iniciáticos, começa a participar de grupos para ajudar a eleger o novo Mestre Conselheiro e, não raro, já pensando seriamente em, assim que chegar ao Grau DeMolay, começar a trabalhar para obter o “poder” no Capítulo, Região e Grande Capítulo.

5) quando chega ao Grau DeMolay, não aceita que ainda não sabe nada a respeito da Ordem e acha que estudar e comparecer ao máximo de reuniões da gestão é coisa para a administração e para os iniciáticos.

6) Quando participa das eleições como candidato a algum cargo na Loja, principalmente para o de Mestre Conselheiro, e não é eleito, sume ou filiase emoutro Capítulo onde poderá ter a “honra” de ser cingidos com o colar distintivo que após a gestão, resume-se apenas a uma comenda;

7) Quando já Grau DeMolay e até participando na condição de Cavaleiros dos graus do IRCB, não ter entendido ainda que o essencial para o verdadeiro DeMolay é o seu crescimento espiritual, a sua regeneração, o constante comprometimento na prática das sete virtudes, a aceitação da humildade e o bem que possam fazer aos seus semelhantes, e que, a política interna, a proteção mútua, principalmente na parte material, é importante, mas não essencial;

8) Independentemente do Grau que tenha colado, não entender que o Capítulo e SCODB necessita que suas mensalidades e contribuições estejam rigorosamente em dia, para que possam fazer frente às despesas que são inevitáveis bem como fomentar a IGUALDADE entre os Irmãos;

9) Quando ocupa qualquer cargo de presidência, age de forma mesquinha, de forma a ocultar de todos os Irmãos, fatos e eventos que tenha claramente interesses materiais particulares;

10) Ainda ocupando cargo de liderança, deixa o caos se abater sobre o Capítulo, não sendo firme o suficiente para exercer sua autoridade; não tendo um calendário com programação pré-definida para um período; não cobrando de seus auxiliares a consecução das tarefas a eles determinadas, e não se importando com a educação e ética DeMolay, que é primordial para o aperfeiçoamento dos jovens;

11) Quando conselheiros de uma tríade ou como adjuntos, não entenderem que, juntamente com o Mestre Conselheiro, devem constituir uma unidade de pensamento, pois, em todos os Capítulos nos quais um, ou os dois Conselheiros não se entendem entre si e, principalmente não se entendem com o Mestre Conselheiro, o resultado da gestão é catastrófico;

12) Quando ocupa algum cargo de liderança ou de diretoria, acomoda-se com a autoridade e nada estuda sobre a ordem, e usam o cargo apenas para discursos ocos e intermináveis;

13) Quando, como Secretários, sonegam o Capítulos as informações dos boletins, as correspondências e, principalmente, os materiais, que visam dotar os Capítulos de instruções e conhecimentos que normalmente não constam dos rituais, e são importantes para a formação do DeMolay;

14) Quando, como Tesoureiros, não se mostram diligentes com o patrimônio do Capítulo, não se esforça para manter as mensalidades dos Irmãos em dia e não se importam com os relatórios obrigatórios e as prestações de contas;

15) Quando, como Hospitaleiros, não estão atentos aos problemas de saúde e dificuldades dos Irmãos do Capítulo; 16) Quando constatamos que em grande número de Capítulos, com uma frequência média de vinte Irmãos, se recolhe um tronco da solidariedade de valor pouco expressivo, e que consequentemente o capítulo não pratica filantropia;

17) Quando o Capítulo programa uma Sessão Magna Pública para homenagear alguém ou alguma entidade pública ou privada, constata-se a presença de um número irrisório de Irmãos, dando aos profanos uma visão negativa da Ordem, deixando constrangidos aqueles que se dedicaram e se esforçaram para realizar o evento à altura da Ordem DeMolay. Todos esses Irmãos indiferentes, que não comparecem habitualmente a essas Sessões, são desnecessários à nossa Ordem. Muito mais haveria para se dizer em relação aos Irmãos desinteressados da nossa Sublime Instituição. Fiquemos por aqui e imploremos ao Pai Celestial que ilumine cada um de nós, para que possamos agir na Ordem DeMolay com o verdadeiro espírito jovem no qual Tio Frank Sherman Land inspirou-se no momento de sua criação, e não com o espírito profano, e roguemos ainda, que em nenhuma circunstância, seja na família, no trabalho, na sociedade, tornemo-nos desnecessários, pois deve ser muito triste e frustrante para qualquer um sentir-se sem importância e sem utilidade no meio em que se vive. Finalizando, o mais importante: “Antes da perfeição cortar lenha e carregar agua. Depois da perfeição, cortar lenha e carregar água.”(Buddah)

 * Texto adaptado do “Maçom desnecessário.” Autor Desconhecido

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