Escolho meus amigos pela alma lavada e pela casa exposta. Não quero só ombro ou colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a imaginação não desapareça. Não quero amigos adultos e chatos. Quero-os metade infância e metade velhice. Crianças para que não esqueçam o valor do vento no rosto, velhice para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão.
Por: Davi Cecílio
Estudante e atualmente organista do Capítulo.
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