Logo na primeira reunião percebi que eu não ficava na mais nas filas, nem no triângulo, muito menos em uma mesa, mas sim em uma cadeira atrás da coluna do Norte. Contudo passei a notar minha importância ao me deparar com uma porta fechada e a cerimonia de abertura ocorrendo do lado de dentro. Automaticamente comecei a acompanhar a cerimonia e assim seguiu-se em todas as reuniões.
Ao final da gestão recebi elogios, os quais ninguém esperava que eu fosse receber e me emocionei ainda mais quando recebi um diploma de cem por cento de presença! Eu, um sentinela, cargo oferecido aos que costumam faltar em reuniões, com presença máxima. Não conseguia acreditar que eu havia feito isso!
Enquanto a reunião pública de posse se encerrava, ocorria uma reflexão em minha mente. Uma vez me disseram: não importa qual é o seu cargo, mas sim como você o exerce. Cheguei a conclusão que, na verdade não importa, realmente, qual é o seu cargo, mas sim o que você consegue extrair dele. Você não precisa ser um conselheiro para ajudar seu capítulo. Prova viva disso é meu irmão, cujo nome faço questão de citar: Bruno Faria, que como Segundo Mordomo, e 1 ano e meio (se não me engano) de Ordem, organizou praticamente sozinho a cerimonia de 15 anos do Capítulo Sete Lagoas.
Histórias como essa estão em toda a parte, e eu tenho certeza que não sou o único que cresci depois de uma suposta derrota. Na última eleição me candidatei para Mestre Conselheiro deste Capítulo. Ganhei? Honrosamente não, mas estou hoje no cargo que sonho desde iniciático e tenho certeza das palavras que vou dizer agora: Você só é derrotado por algum obstáculo quando não consegue vencer a si mesmo.
Marcelo Costa Monteiro
Estudante e Primeiro Diácono deste Capítulo