segunda-feira, 7 de março de 2011

Pede-se: Humanidade, solidariedade, caridade...

OLHOS VIVOS, CORAÇÕES MORTOS, E OS FILHOS DA RUA...
  
            Estamos sendo monitorados sempre. Câmeras estão nos circuitos internos das empresas, dos condomínios, dos shoppings, nas ruas... Flagram cenas de roubo, de constrangimento, ou muitas vezes cenas cômicas.
            Contudo, diante esses olhares atentos aos movimentos humanos, diante a presença de olhos vivos a qualquer movimento ou ação duvidosa, falta sensibilidade em muitos casos. As câmeras espalhadas por muitas cidades brasileiras para monitorar o trânsito e segurança das pessoas é, para esse aspecto, uma conquista, fato elogiável.
            Entretanto, mais do que olhos vivos, precisamos muito mais de corações vivos. É preciso que pulse dentro de nós a sensibilidade em relação ao próximo: precisamos de humanidade.
            Nessa postagem, caro leitor, convido você a perceber como os olhos estão vivos para muitas coisas, mortos para outras assim como o coração de muitos...
            Estive andando pelas ruas de Sete Lagoas, e observei que pessoas estão sofrendo. Conversei com alguns moradores de ruas que estão habitando os espaços públicos de nossa cidade. Eles não pedem dinheiro. Pedem "comida, roupa, cobertores, ajuda para fazer documentos.". Acredito que querem também humanidade e um olhar diferente: nenhum deles me roubou, nem me agrediu ou coisa parecida. 
           Senti de perto a necessidade dessas pessoas, e tive a certeza de que os moradores de rua, antes do preconceito, antes da aversão arcaica e doentia precisam é de atenção. 
            Peço a cada um de vocês que ao lerem essa postagem, que abram os olhos e os corações para os filhos da rua. Porque mais do que comida, mais do que roupa ou cobertores, ou mesmo documentos,eles também precisam do nosso afeto, respeito e compaixão. 

Imagem do 'olho-vivo' na Praça Tiradentes (circulado em vermelho): olho morto para alguns aspectos...
Moradores de rua no coreto da Praça Tiradentes, Centro, Sete Lagoas - MG

Outro 'olho-vivo': Praça Alexandre Lanza(Centro)
Na mesma Praça Alexandre Lanza, outro espaço onde mora há alguns meses, uma moradora de rua. 

"Na correria do dia-a-dia, na inércia que muitos se possibilitam estar, estamos nos transformando em seres sem sentimentos, onde impera a cobiça e é escasso ou muito pequeno, o amor ao próximo."                                                                                                          

                                                                Fotos e texto: Saulo Junior
Saulo Junior é Senior DeMolay e Estudante Pré-Universitário.

2 comentários:

  1. Parabéns, Saulo.
    Ótimo texto, um abordagem condizente com a busca eterna da condição humana. As fotos, muito bem escolhidas, casam perfeitamente com o texto.
    Parabéns a todos que participam desse movimento e de todos os outros que buscam o crescimento da nossa consciência.
    Abraços.

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  2. Ramon!!!

    Muito obrigado, professor e mestre, com quem sempre aprendo mto além da biologia e química...
    A idéia é essa mesma: chamar a atenção para a nossa consciência com relação a essas pessoas e a condição social que elas se encontram.

    Obrigado pela visita e pela divulgação em seu blog do nosso espaço aqui na internet.

    Abração

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